Skip to main content

Posts

Showing posts from May, 2010

Choro Curitibano

Brazilian Portuguese

I am already in London but I have an overdue blog post from the other hemisphere. In English. About the Portuguese language. One of the small spontaneous research projects I conducted during my stay in Brazil was to take note of where from people thought I was. The other one was to record the first thing that they referenced about Portugal as soon as they knew my nationality. As for the first one, I had various experiences. One person guessed, after hearing me and my Brazilian friend, who was unconsciously trying to use some of my Portuguese expressions, that we were from Santa Catarina. This neighbour state has a strong Portugese presence, especially from Azores. In rapid interactions, especially when I forced the Brazilian accent in order to be better understood, the confusion was bigger. I overheard two shop assistants arguing about whether I was Argentinean, two security guards sentencing, He’s French, and I was confronted with the odd question, Are you Italian. In this respect, we

"ORIENTACIÓN DE LOS GATOS

Cuando Alana y Osiris me miran no puedo quejarme del menor disimulo, de la menor duplicidad. Me miran de frente, Alana su luz azul y Osiris su rayo verde. También entre ellos se miran así, Alana acariciando el negro lomo de Osiris que alza el hocico del plato de leche y maúlla satisfecho, mujer y gato conociéndose desde pianos que se me escapan, que mis caricias no alcanzan a rebasar. Hace tiempo que he renunciado a todo dominio sobre Osiris, somos buenos amigos desde una distancia infranqueable; pero Alana es mi mujer y la distancia entre nosotros es otra, algo que ella no parece sentir pero que se interpone en mi felicidad cuando Alana me mira, cuando me mira de frente igual que Osiris y me sonríe o me habla sin la menor reserva, dándose en cada gesto y cada cosa como se da en el amor, allí donde todo su cuerpo es como sus ojos, una entrega absoluta, una reciprocidad ininterrumpida. Es extraño, aunque he renunciado a entrar de lleno en el mundo de Osiris, mi amor por Alana no acepta

Letras de Luz

Tudo o que eu queria hoje era andar sobre nuvens, acordar numa atmosfera urdida por bichos da seda, nadar num mar de gatos, um milhão de ronronos de veludo, sair voando pela janela. Tudo o que eu queria era saber manejar todos os pesos do mundo como o carrinheiro que salta do topo da montanha de 400 kg elevando o carrinho antes de aterrar no chão. Tudo o que eu queria era ser leve. E ser levado por um balão ou zepelin, dos muitos que se erguem do chão a toda a hora. Sempre que tento agarrar um, transformo-me em lastro e ficamos os dois ardendo no chão. A menos que eu largue a corda e o deixe ir para longe. Sonhos escritos são diferentes de sonhos contados. Como palavras embrulhadas num envelope são diferentes de palavras acesas num monitor. Tudo o que eu queria era um governo só de gente boa, presidido por uma senhora deslumbrante que cantasse tão bem ao perto como do alto do palácio do planalto. Tudo o que eu queria era uma casa com muito chão. E ter por vizinhança gente sábia, versad

Gentileza

Fiquei muito entusiasmado com o facto de o Professor Carlos Walter Porto-Gonçalves ter respondido de forma generosa a um email que lhe enviei após a sua palestra. E ainda teve a disponibilidade para ler o meu texto neste blog e enviar-me as informações que eu não tinha anotado. Aqui vão: "...Quanto á comunidade a que fiz referência em minha conferência em Curitiba, Francisco, trata-se de uma comunidade maya de fala tojolabal que habita a região de Chiapas, no México. O filósofo a que a comunidade faz referência e que queria aprender com ela é Carlos Lekensdorf autor de Filosofar en clave Tojolabal, publicado em 2008 pela UNAM. Vale a pena ler." Vou procurar.

Guerra em Curitibabylon

"Meu caro amigo eu não pretendo provocar Nem atiçar suas saudades Mas acontece que não posso me furtar A lhe contar as novidades Aqui na terra tão jogando futebol Tem muito samba, muito choro e rock'n'roll Uns dias chove, noutros dias bate sol Mas o que eu quero é lhe dizer que a coisa aqui tá preta": Com muita música do Chico senão também ninguém segura esse rojão: "Curitiba é três vezes mais violenta que São Paulo. E empata com o Rio" Hoje na Gazeta do Povo